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Atrações em Mariana: |
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Trem Turístico Mariana - Ouro Preto (Trem da Vale) |
Imperdível |
A construção do ramal de Ouro Preto foi iniciada em 1883, tendo seu prolongamento até Mariana concluído em 1914. Foi um so...
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Restaurante Lua Cheia |
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Berço da Religiosidade Mineira
Texto e fotografia: Marcelo JB Resende. REPRODUÇÃO PROIBIDA.
Com a transferência da capital da província para Vila Rica, Mariana entrou em relativa decadência. A medida mais importante para reverter este quadro foi sua escolha para sede do Bispado de Minas Gerais. Sua criação ia de encontro a outro objetivo: organizar a atividade religiosa, coibindo os atos abusivos do clero. Isto acontecia pela distância do Rio de Janeiro, a cujo Bispado estava ligado. Muitos padres se ocupavam mais em encher os próprios bolsos do que em converter almas pagãs. Alguns se enriqueciam mais que os delegados da Coroa.
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Igreja de São Francisco de Assis, vista de dentro da Câmara.
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A Vila do Ribeirão do Carmo foi elevada à cidade para receber o bispo. A condição gerou a necessidade de planejamento. Novas ruas e traçados conscientes. Aos majestosos prédios públicos e privados somariam-se as igrejas, fabulosas. Os rumos de Mariana passaram a ser ditados pela fé. Em Minas Gerais era proibido o estabelecimento de ordens religiosas. Sendo assim os padres eram todos seculares, ou seja, não tinham feito o voto monástico. A província aos poucos presenciava o florescer das Ordens Terceiras ou irmandades. Toda a população mineira, sem exceção, filiou-se a essas confrarias. A sociedade se dividia em brancos, pardos, negros e suas respectivas irmandades.
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Não demorou muito para que estas instituições se combatessem, já que eram independentes como organizações civis. Os padres foram reduzidos a meros empregados. Regras segregavam os negros dos brancos, pardos dos brancos, negros dos pardos... Esse clima de hostilidade impulsionaria a arquitetura mineira, campo esplêndido para exercer a rivalidade. Cada qual procurava construir a igreja mais bonita, mais fabulosa. Simbolizavam na sua grandiosidade o prestígio que desfrutavam. Contratavam mestres, elevavam a arte aos céus.
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Catedral Basílica da Sé.
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Mariana foi um dos palcos privilegiados da árdua disputa. As ricas irmandades do Carmo e de São Francisco levantaram suas igrejas a poucos metros uma da outra. Já as irmandades das Mercês e do Rosário, ambas de homens pretos, foram empurradas para lugares distantes da praça principal. Nem por isso são menos belas.
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O conjunto arquitetônico da primeira cidade de Minas foi desenhado pelo poder do ouro, do Estado e da fé. Em suas paredes, tetos e ornamentação está impregnado um complexo jogo de interesses, daqueles que sempre estiveram intimamente ligados às relações humanas. Em Mariana uma sociedade queria nascer e conseguiu. Os sobrados, as igrejas, as ruas, chafarizes, as montanhas perfuradas... São testemunhas disso!
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Sacada minuciosamente entalhada em pedra-sabão.
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Igreja N.Sra. do Carmo
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Chafariz São Francisco.
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Igreja São Pedro dos Clérigos.
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Rua Direita.
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