Mariana - Primeira Capital de Minas Gerais  
  • "Magnífica sacada esculpida em pedra-sabão."
  • "A praça Gomes Freire é um dos locais mais agradáveis de Mariana, cercado por casario do século XVIII."
  • "Na igreja São Francisco de Assis estão os restos mortais de Mestre Ataíde (sepultura 94, no chão)."
  • "O Órgão da Sé é um instrumento de valor inestimável, construído pelo alemão Arp Schnitger (1648-1719)"
  • "Em 1745 a Vila do Ribeirão do Carmo foi elevada à condição de cidade, rebatizada Mariana. Era uma homenagem a D. Maria Ana D'Austria, esposa de D.João V."
  • "A construção do ramal ferroviário até Mariana foi concluída em 1914."
  • "A Direita é a mais importante e bem conservada rua histórica de Mariana, reunindo um rico casario."
  • "Na igreja São Pedro dos Clérigos fica bem perceptível a influência italiana, nesta construção da segunda metade do século XVIII. "
  • "Antes encontrado no leito dos rios, depois nas entranhas da terra. Assim é a história do ouro em Mariana."
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A construção do ramal de Ouro Preto foi iniciada em 1883, tendo seu prolongamento até Mariana concluído em 1914. Foi um so...
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A Primeira Capital de Minas


Texto e fotografia: Marcelo JB Resende. REPRODUÇÃO PROIBIDA.

Existem lugares onde tudo tem início, nos quais homens fixam raízes e começam a escrever uma história. Transformam o mundo e também a si mesmos. O Estado de Minas Gerais, como o conhecemos hoje, nasceu às margens de um formoso ribeirão, em uma cidade com vocação para o fascínio e para o poder. Mariana, a primeira capital de Minas, é um desses lugares, onde tudo começou...

Clique para ampliar - proibida cópiaÓrgão Arp Schnitger, da primeira década do séc. XVIII.  

Os primeiros desbravadores de Minas deslumbravam-se com o que iam descobrindo pelo caminho. Talvez por fé ou falta de criatividade foram batizando cada recanto descoberto com nomes de santos, ao sabor dos calendários. Ribeirão do Carmo não fugiu a esta regra. O nome se deve ao dia de consagração de Nossa Senhora do Carmo. Seria fundado ali, já em 1703, um arraial que teria função estratégica no jogo de poder estabelecido pelo ouro.

 

Mariana é hoje uma das mais importantes cidades do Circuito do Ouro. Guarda, junto com seus distritos, interessantes relíquias do tempo em que começou a ser desenhada a história das Minas Gerais. No séc. XVIII surgiu nas montanhas o primeiro Estado com características modernas do Brasil, contrastando com a estrutura inerte das fazendas de engenho do litoral. Administração burocrática, fiscalização e arrecadação de impostos...


Além disso uma sociedade complexa e bastante democrática para os moldes da época. Em Minas escravos podiam se tornar senhores, algo até então impensável. Bastava para isto encontrar sua pepita, ou saber se aproveitar das carências do mercado consumidor emergente. Escultores, carpinteiros, ferreiros e demais profissionais eram bem-vindos. A mobilidade social não era fácil, mas existia uma brecha.

 

O sonho impulsionou a migração. Para Minas convergiam pessoas das mais diferentes índoles e intenções, que passaram a viver num incipiente mundo sem lei. Surgiram os conflitos, o primeiro e mais conhecido foi a Guerra dos Emboabas (ver "Falando sobre Minas"). Era preciso colocar ordem no caos. A mando da Coroa mudou-se para Minas o Capitão General Antônio de Albuquerque, nomeado governador. O arraial do Ribeirão do Carmo foi escolhido para ser a sede do governo.


Em 1745 a Vila do Ribeirão do Carmo, não mais arraial, foi elevada à condição de cidade, rebatizada Mariana. Era uma homenagem a D. Maria Ana D'Austria, esposa de D.João V. Mesmo assim Mariana, no dicionário histórico de Minas Gerais, significa também "primeira". Argumentos não faltam: primeira vila, capital, cidade projetada e sede de bispado... Gerou e projetou talentos como Manuel da Costa Ataíde (pintor sacro), Cláudio Manuel da Costa (poeta e inconfidente), Frei Santa Rita Durão (autor do poema "Caramuru"), Padre Joaquim da Rocha (inconfidente)...

  Clique para ampliar - proibida cópiaIgreja São Francisco de Assis (1762).

Clique para ampliar - proibida cópiaIgreja Santana (1720).

Clique para ampliar - proibida cópiaRua Direita, no centro histórico da cidade. Ao fundo está a catedral.   Clique para ampliar - proibida cópiaPraça Gomes Freire.   Clique para ampliar - proibida cópiaEstação Ferroviária.
 
























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